TCM-PA: Projeto de fortalecimento da educação – Piloto Arquipélago do Marajó

TCM-PA: Projeto de fortalecimento da educação – Piloto Arquipélago do Marajó

1. IDENTIFICAÇÃO

a. Tribunal de Contas 
Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará (TCM-PA) 

b. Endereço 
Travessa Magno de Araújo, 474, Telégrafo Sem Fio, 66113-055, Belém/PA

c. Presidente 
Conselheiro Antonio José Costa de Freitas Guimarães  

d. Unidade responsável pela prática, fone, e-mail 
Gabinete do Conselheiro Cezar Colares, coordenador do projeto, (91) 3210-7526, sergio.bacury@tcm.pa.gov.br  

e. Membro ou servidor responsável pela apresentação da prática, fone, e-mail 
Everaldo Lino Alves, (91) 99942-9851, everaldo.alves@tcm.pa.gov.br 

2. SOBRE A BOA PRÁTICA

a. Título da prática  
Projeto de Fortalecimento da Educação dos Municípios do Estado do Pará – Etapa Piloto Arquipélago do Marajó 

b. Indicador do MMD-TC a que se vincula  
QATC-19  

c. Descrição   
O projeto constitui uma estratégia inovadora no âmbito do TCM-PA, pois pressupõe um olhar para o território, a fim de transformar realidades e, por conseguinte, promover a entrega efetiva de um direito fundamental. A definição do Arquipélago do Marajó para a realização do projeto piloto deu-se em virtude de a região apresentar cenário de extrema pobreza decorrente de sua economia fragilizada, que resulta em baixos IDH, com os indicadores sociais indicando baixa qualidade da educação, resultante de elevadas taxas de analfabetismo, distorção idade-série e baixo Ideb. 

i. Objetivos

Contribuir para o progresso da qualidade da educação nos municípios paraenses, nos 17 municípios do Arquipélago do Marajó, por meio da garantia do acesso, da permanência e do efetivo aprendizado dos alunos matriculados na educação infantil e no ensino fundamental em escolas públicas municipais Os principais eixos são: fortalecimento da gestão da secretaria e das escolas municipais; acompanhamento do alcance das metas 1 e 2 do PNE; melhoria da infraestrutura física dos espaços educacionais; induzir melhorias na execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae); induzir melhorias na execução do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate); valorização dos profissionais da educação, quanto à garantia do direito a uma remuneração justa e no fortalecimento ao exercício de sua atuação no processo ensino-aprendizagem; fortalecimento da atuação dos conselhos de controle social e das unidades executoras (Conselho Escolar, Associação de Pais e Mestres, entre outros); gestão democrática.  

ii. Metodologia adotada

Para a execução do projeto, estruturou-se o desenvolvimento das atividades em quatro fases:  

1) Levantamento de indicadores da educação pública municipal no Arquipélago do Marajó, tendo como fonte preliminar os dados oficiais consolidados na plataforma QEdu Gestão, com a colaboração do Comitê Técnico de Educação do Instituto Rui Barbosa (CTE/IRB) e do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), para a elaboração conjunta de questionários alinhados aos sete eixos de abordagem que estruturam o projeto.  

2) Aplicação dos questionários aos secretários municipais de Educação e aos coordenadores pedagógicos das escolas localizadas nas zonas urbana e rural dos 17 municípios do Arquipélago do Marajó, mediante entrevistas realizadas em plataforma virtual.  

3) Visitas in loco aos 17 municípios do Marajó, com o objetivo de:  

a) reunir-se com o Poder Legislativo, Ministério Público, prefeito, secretária municipal de Educação e sua equipe técnica, gestores escolares, coordenadores pedagógicos, professores, integrantes dos conselhos de controle social – Conselho de Alimentação Escolar (CAE), Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (CACS-Fundeb) e Conselho Municipal de Educação (CME) –, conselhos escolares, representantes da sociedade civil e, onde houver, representantes locais das universidades públicas; 

b) visitar escolas, por amostragem, das zonas rural e urbana, com aplicação de questionários aos seus diretores, coordenadores pedagógicos e professores.

4) Elaboração de diagnóstico de cada município, identificando as possíveis deficiências que ocasionam a ineficiência do sistema educacional, e proposição de potenciais soluções. Paralelamente à realização dessas etapas, foram realizadas discussões com o FNDE, a UFPA, Uepa e outras instituições públicas, bem como organizações não governamentais que atuam na área educacional, para uma atuação conjunta no desenvolvimento do projeto.  

Após a entrega do diagnóstico da situação educacional aos 17 municípios do Marajó, foi anunciada a criação do Gabinete de Articulação para a Efetividade da Política da Educação no Arquipélago do Marajó (Gaepe Arquipélago do Marajó), que dará suporte às ações de acompanhamento deste projeto em realização no TCM-PA, mas agora com o apoio do Instituto Articule.   

iii. Tecnologias empregadas, como softwares, “robôs”, acessos móveis, inteligência artificial, scanner de pavimento etc. 
Somente videoconferências, por meio da plataforma Zoom.  

iv. Tempo da prática no tribunal 
Projeto em curso desde agosto de 2021. 

3. SOBRE O DESENVOLVIMENTO, A IMPLANTAÇÃO E A IMPLEMENTAÇÃO

a. Pessoas e setores envolvidos no desenvolvimento

Gabinete da Presidência, gabinete da 2ª Controladoria e DIPLAMFCE. 

b. Pessoas envolvidas na implantação e na implementação

Equipe técnica do gabinete da 2ª Controladoria, equipe técnica da Coordenação de Fiscalização Especializada em Educação, 45 instituições governamentais e não governamentais. 

c. Conhecimentos necessários

Temática da educação e outras áreas correlatas. 

d. Passos executados para o desenvolvimento, a implantação e a implementação

Sensibilização dos municípios, reuniões com as equipes técnicas das secretarias municipais de Educação, aplicação de questionários de forma virtual, visitas in loco aos municípios, elaboração de relatório, articulação com entidades diversas e reuniões sistemáticas do Gaepe. 

e. Tempo para o desenvolvimento, a implantação e a implementação

Agosto de 2021 a junho de 2023. 

f. Custo para o desenvolvimento, a implantação e a implementação

Despesas com diárias, passagens, organização e realização de eventos. 

g. Problemas enfrentados para o desenvolvimento, a implantação e a implementação

Condições geográficas do arquipélago e o período da pandemia de Covid-19. 

h. Pontos críticos x soluções

  • scolha de diretores x Definição de critérios rigorosos para seleção
  • ecessidade de grandes ajustes na execução do Pnae, no que se refere ao fornecimento de alimentação escolar x Respeitar os hábitos alimentares regionais para as escolas da zona rural
  • Transporte escolar deficiente x Ajustes na execução do Pnate
  • Ausência de um plano de formações continuadas para docentes x Capacitação de professores para as séries iniciais
  • Deficiência no funcionamento dos conselhos de controle social x Apoio em termos de infraestrutura e logística para os mesmos
  • Elevado número de obras paralisadas x Articulação com o FNDE/MEC 

4. MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS

a. Resultados esperados  
Gestores municipais capacitados, escola com padrões mínimos de qualidade, fornecimento de alimentação escolar de qualidade, serviço de transporte escolar adequado, profissionais de educação valorizados com remuneração e formação, conselhos de controle social e conselhos escolares fortalecidos. 

b. Resultados alcançados 
Conclusão de 17 diagnósticos, constituição do Gaepe, curso de capacitação de professores, cursos de capacitação de gestores municipais, regularização de conselhos escolares, busca ativa e realização do processo contínuo de avaliação diagnóstica, iniciado em 2023. 

c. Lições aprendidas  

A principal lição aprendida é que não é suficiente apenas conferir se o gestor público aplicou corretamente os recursos: é necessário averiguar se, aliado à correta aplicação dos recursos públicos, os resultados foram satisfatórios para se alcançar a melhoria da qualidade do ensino.  

Observa-se que não há soluções individualizadas por município, inclusive porque as variáveis mais determinantes desse processo estão fora do seu controle de ação. Portanto, foi necessário que o tribunal de contas, em parceria com outras instituições governamentais e não governamentais, atuasse de forma colaborativa, para detectar os problemas, apresentar alternativas e viabilizar a implementação das soluções previstas

5. RECOMENDAÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO POR OUTROS TRIBUNAIS

a. Sensibilizar todos os atores da rede municipal envolvidos no processo educacional.

b. Articular entidades governamentais e não governamentais dos diversos setores da área educacional e correlatas para o envolvimento no projeto.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

a. Links de acesso a publicações, notícias etc.

 

b. Logomarcas e imagens em alta resolução 

06 de junho de 2023, Belém/PA.

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