1. IDENTIFICAÇÃO
a. Tribunal de Contas
Tribunal de Contas da União (TCU)
b. Endereço
Setor de Administração Federal Sul, Quadra 4, Lote 1, 70042-900, Brasília/DF
c. Presidente
Bruno Dantas
d. Unidade responsável pela prática, e-mail
Instituto Serzedello Corrêa (ISC), [email protected]
e. Membro ou servidor responsável pela apresentação da prática, e-mail
Aline Fabiana Timm Cesario, [email protected]
2. SOBRE A BOA PRÁTICA
a. Título da prática
Trajetórias Profissionais
b. Indicador do MMD-TC a que se vincula
QATC-07 – Escolas de Contas – Planos de Capacitação
c. Descrição
i. Objetivo
O grande objetivo das Trajetórias Profissionais é aperfeiçoar as competências profissionais dos servidores do TCU, para que possam continuar fazendo trabalhos relevantes e de impacto significativo na sociedade. As trajetórias também atendem aos requisitos estabelecidos pela ISSAI 150 para definição, avaliação e desenvolvimento das competências dos auditores das Instituições Superiores de Controle (ISCs).
ii. Metodologia adotada
Para o desenvolvimento das Trajetórias Profissionais no TCU, foi feita uma grande pesquisa bibliográfica sobre o tema, além de benchmarking nacional e internacional. Também foram realizados vários grupos focais com interessados e representantes dos temas das trajetórias, bem como a coleta de dados via pesquisa eletrônica.
Em um segundo momento, foram criados grupos de trabalho para cada trajetória, com representantes das áreas que atuam no tema e da área metodológica de capacitação do TCU, o Instituto Serzedello Corrêa. O produto a ser gerado pelos grupos contemplava a descrição das competências, dos requisitos de experiência e formação de cada nível e dos objetos de aprendizagem de cada competência. A primeira versão das trajetórias foi submetida a uma consulta com um grupo maior de servidores para ser testada e ajustada. Feitos os ajustes, as trajetórias foram submetidas aos gestores competentes para aprovação. A última etapa do processo foi a disponibilização das trajetórias para adesão de todos os servidores do TCU, acompanhada de ampla campanha de comunicação.
iii. Tecnologias empregadas, como softwares, “robôs”, acessos móveis, inteligência artificial, scanner de pavimento etc.
O TCU utilizou, inicialmente, o SharePoint para construção e consulta coletiva do conteúdo das trajetórias, além de outras ferramentas interativas, tais como Mural e Whiteboard. Para a pesquisa, foram utilizados o LimeSurvey e o Forms.
Atualmente, as trajetórias profissionais estão no sistema interno do instituto (ISCnet), construído em Apex.
iv. Tempo da prática no tribunal
Quatro anos e seis meses.
v. Houve compartilhamento com outros TCs? Quais?
Sim. Todos.
3. SOBRE O DESENVOLVIMENTO, A IMPLANTAÇÃO E A IMPLEMENTAÇÃO
a. Pessoas e setores envolvidos no desenvolvimento
Instituto Serzedello Corrêa, Secretaria de Gestão de Pessoas, Secretarias-Gerais da Presidência, de Controle Externo e de Administração, Núcleo Estratégico de Controle Externo e respectivos dirigentes que estiveram nessas unidades/posições desde 2019. Coordenadores do projeto desde 2019: Leonard Renne Guimarães Lapa, Tiago Gozzer Viegas e Aline Fabiana Timm Cesario. Servidores das áreas de negócio indicados pelas Secretarias-Gerais para participarem dos grupos de trabalho.
b. Pessoas envolvidas na implantação e na implementação
As mesmas do item anterior.
c. Conhecimentos necessários
Gestão estratégica de pessoas, gestão de pessoas por competências, gestão de projetos, educação corporativa, processo ou tema foco de cada trajetória.
d. Passos executados para o desenvolvimento, a implantação e a implementação
Pesquisa bibliográfica, benchmarking, definição do portfólio de trajetórias finalísticas e corporativas, definição dos grupos de trabalho (GTs), construção das trajetórias pelos GTs (definição de competências e requisitos dos níveis), realização de teste das trajetórias construídas e ajustes, desenvolvimento de sistema e carga de informações, definição de campanha, cronograma e peças de comunicação, lançamento.
e. Tempo para o desenvolvimento, a implantação e a implementação
Cinco anos. Previsão de encerramento em dezembro de 2023.
f. Custo para o desenvolvimento, a implantação e a implementação
A iniciativa vem sendo desenvolvida e implementada exclusivamente com recursos humanos e tecnológicos internos e já disponíveis. O custo direto envolvido é o salário dos coordenadores de projetos que atuam com dedicação integral e dos servidores que atuam em tempo parcial nos GTs que constroem as trajetórias e no desenvolvimento do sistema.
g. Problemas enfrentados para o desenvolvimento, a implantação e a implementação
Até o momento, nenhum problema substancial foi identificado.
h. Pontos críticos x soluções
Garantir a sustentabilidade e a governança das trajetórias ao longo das mudanças de gestão – publicação de portaria do TCU sobre o assunto e interação constante do projeto com o nível estratégico.
Demanda crescente para construção de novas trajetórias profissionais – portaria sobre o assunto estabeleceu que a definição de temas de novas trajetórias cabe à Comissão de Coordenação-Geral, formada pelos três secretários-gerais.
Integração das trajetórias aos processos de educação corporativa e gestão de pessoas – questão a ser tratada no segundo semestre de 2023, antes do encerramento do projeto.
4. MENSURAÇÃO DOS RESULTADOS
a. Resultados esperados
- Otimização da oferta de ações de desenvolvimento aos servidores do tribunal.
- Conhecimento dos servidores sobre o que se espera deles nos processos de trabalho ou o tema foco das trajetórias.
- Criação de programas de desenvolvimento focados nas trajetórias, de modo a otimizar o investimento nessas áreas.
- Aumento da motivação e do engajamento dos servidores ao compreenderem que existe um caminho de desenvolvimento técnico, com etapas a alcançar.
- Profissionalização do seu corpo técnico, proporcionando, assim, trabalhos mais relevantes para a sociedade.
b. Resultados alcançados
- Números de adesão às trajetórias e alcance de níveis em maio de 2023:
Trajetória
Adesões
Fundamental
Profissional
Especialista
- Programas e cursos desenvolvidos e ofertados:
- Série Auditoria
- Pós-graduação em Controle de Políticas Públicas
- Pós-graduação em Regulação e Desestatização
- Programas em desenvolvimento e oferta:
- Série Combate a Fraude e Corrupção
- Série Análise de Dados
- Pós-graduação em Auditoria Financeira
c. Lições aprendidas
Muitas lições foram aprendidas ao longo do processo de construção das trajetórias, entre elas a necessidade de envolvimento da alta gestão e dos servidores que trabalham diretamente com os temas das trajetórias.
Além disso, a realização de testes de cada trajetória antes do seu efetivo lançamento mostrou-se uma prática altamente efetiva, pois permitiu a realização de ajustes nos conteúdos, de modo a refletirem melhor a necessidade do corpo técnico.
Por fim, a construção das trajetórias permitiu ao TCU olhar para seus grandes macroprocessos de trabalho e analisar aprimoramentos a serem realizados.
5. RECOMENDAÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO POR OUTROS TRIBUNAIS
a. Clareza sobre por que e para que trajetórias profissionais devem ser construídas e implementadas.
b. Compartilhar a responsabilidade da iniciativa com as instâncias decisórias e as áreas de negócio.
c. Alocar, na gestão do projeto, um profissional com conhecimento consistente sobre gestão de pessoas e educação corporativa e legitimidade para interagir sobre o assunto com as instâncias decisórias.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
a. Links de acesso a publicações, notícias etc.
4 de junho de 2023, Brasília/DF.